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A primeira hipótese destrói, aniquila; imobiliza-nos numa mágoa que vai crescendo e nos afoga por completo. Torna-nos amargos, prisioneiros de uma angústia que se vai revelar nas nossas palavras e gestos. A primeira gera ainda grilhetas que nos amarram ao hábito e à rotina impossibilitando-nos de pensar de forma positiva. Envelhece-nos precocemente.
Não é essa a minha insatisfação. Não é desta forma que a resolvo.
Desde sempre insatisfeita, sempre buscando algo. Em mim não existe porém acomodação, e quando a houve, depressa acordei e me revoltei contra a inércia, numa exaltação criadora de movimento.
Quero contrariar a rotina e o hábito. Quero aprender e evoluir e não envelhecer estagnada nos conhecimentos já calcificados. Quero experienciar coisas novas, continuar a crescer e a evoluir de acordo com o meu tempo. Quero participar de forma criativa na construção de um mundo melhor, partilhando as minhas experiências, aprendendo sempre com os outros, adaptando-me quando necessário a novas situações. Quero abrir-me aos outros e permitir que o façam comigo.
Transformar os dias em verdadeiros dias e não apenas na inevitável contagem que nos aproxima do fim