Farsa
Quado me olhas,
Quando me tocas,
Quando me falas,
Se realmente visses,
Se efectivamente sentisses,
Se claramente me ouvisses,
Perceberias.
Verias esta farsa que representamos.
Os dois.
Lerias as mentiras nos meus lábios
assim como eu as leio nos teus,
e deixarias de fazer perguntas
tolas.
Perguntas de fachada
exigem
respostas à medida
(dos teus desejos).
E os meus desejos?
Sabes quais são?
Não. Nunca tos revelei.
Sou um barco à deriva
no caudal dos teus desejos.
Faço-os meus
e com isso penso
(pensava)
que sou (era) feliz.
Não. Hoje já não!
Hoje sei claramente
a farsa que represento
e pactuo com os jogos
que disputamos.
Assumo as minhas mentiras.
Assumo a minha falta de prazer
como uma inevitabilidade.
Assumo que vivo
uma vida dupla
para nada.
O prazer que não tenho
não compensa o risco.
O amor que não ganho
não supre as minhas faltas.
Procuro o teu corpo
no fim do amor
e já não estás lá.
Procuro os teus olhos
e eles já estão longe.
Afinal ...
penso mesmo que nunca estiveste aqui,
e afinal ...
eu também não!
Quando me tocas,
Quando me falas,
Se realmente visses,
Se efectivamente sentisses,
Se claramente me ouvisses,
Perceberias.
Verias esta farsa que representamos.
Os dois.
Lerias as mentiras nos meus lábios
assim como eu as leio nos teus,
e deixarias de fazer perguntas
tolas.
Perguntas de fachada
exigem
respostas à medida
(dos teus desejos).
E os meus desejos?
Sabes quais são?
Não. Nunca tos revelei.
Sou um barco à deriva
no caudal dos teus desejos.
Faço-os meus
e com isso penso
(pensava)
que sou (era) feliz.
Não. Hoje já não!
Hoje sei claramente
a farsa que represento
e pactuo com os jogos
que disputamos.
Assumo as minhas mentiras.
Assumo a minha falta de prazer
como uma inevitabilidade.
Assumo que vivo
uma vida dupla
para nada.
O prazer que não tenho
não compensa o risco.
O amor que não ganho
não supre as minhas faltas.
Procuro o teu corpo
no fim do amor
e já não estás lá.
Procuro os teus olhos
e eles já estão longe.
Afinal ...
penso mesmo que nunca estiveste aqui,
e afinal ...
eu também não!
posted by reverse at 7:08 PM
4 Comments:
chamo-lhe acomodação, q é uma coisa horrivel, para ser vivida
gostei de ler a tua farsa..é um fazer de conta, que nem interesse tem..opsss a vida cheia de máscaras
jocas maradas sem farsas
voltei para reler e te deixar
joca maradas
su
A tendÊncia para avaliar as relações pela sua recta final é bem conhecida e é um lugar comum no amor romântico. Normalmnete no final fazem-se acusações mútuas sobre o que faltou de parte parte, bate-se muito no peito com certezas de que o final está aí, pertinho, absoluto. Se calhar é por isso que depois os amores são recordados tão docemente, pois perdidos na epifania da vontade em fazer balanços que resultem na acusação do Outro depois as pessoas carecem de um "dourar da pílula" quando o pó assalta.
"O Amor é um gajo estranho", já cantavam os Da Weasel não era? ; ))))))))))
Senti essas palavras como se fossem minhas... sabes, essas palavras fizeram-me pensar... se quero tb eu continuar a viver essa "vida dupla"...pois também para mim... " o prazer k nao tenho, nao compensa o risco"
Beijinhos e obrigada***
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