Wednesday, August 29, 2007

IV

Onde se escondem os risos de ontem
e as palavras aladas
quando o lodo dos dias se acumula
imparável e devorador?

III

Para quando o renascer dos sonhos?
Onde me aguardará o futuro prometido?

Quero as palavras vivas como armas.
Quero as armas cruas como garras.

Quero o dia primeiro -
intacto e puro.
Prenhe de promessas.
Único e tangível.
Para que de novo valha a pena.

Monday, August 27, 2007

II

Emotividade é sina de mulher.
A visível maldição que debilita e
nos confrange.
Secar o olhar.
O coração tornar em pedra.
Engolir esta angústia que me entope a fala.
Derrotar esta revolta a que não tenho direito.

Que restaria então de mim,
pergunto.
Mulher já não!
Falsa cópia sem valor.
Invólucro vazio.
Outra.

Sunday, August 26, 2007

I


Onde calar esta revolta que me inunda?

Como engulir estas lágrimas que não quero?

No mar não se deita apenas o Sol do fim da tarde.

Lá ao fundo, olha bem!

esbracejo eu procurando à tona

o equilíbrio.

A inocência.